Aloísio Dourado conquista 39º bracelete brasileiro na WSOP 2025

39º bracelete brasileiro na WSOP

Desde 2018, o Brasil garante pelo menos um bracelete da WSOP todos os anos, não sendo diferente em 2025. Aloísio foi o primeiro brasileiro a conquistar um bracelete neste ano, graças a sua vitória no Evento #23: US$ 1.500 Badugi, onde enfrentou um field de 534 participantes – um recorde de inscritos para torneios da modalidade na World Series.

Apesar da vitória não ter sido fácil, Aloísio foi bastante dominante durante todo o torneio: entrou na FT como chip leader e se manteve assim durante grande parte do tempo, sendo também o responsável por eliminar os três últimos adversários no evento.

Primeiro, viu seus adversários caindo um por um, até que eliminou o primeiro na FT: Jonathan Glendinning. Com uma grande vantagem de fichas contra seus dois adversários no 3-handed, Aloísio adotou uma postura agressiva e não deu espaço para a recuperação dos oponentes. Pouco depois da saída de Glendinning, James Newberry foi o próximo eliminado por Aloísio, que encarou Dominick Sarle no heads-up.

Mesmo contra um adversário calejado nos Mixed Games – campeão de um evento da WSOP na modalidade em 2022 – Aloísio não se deixou intimidar, e manteve a mesma postura que o fez chegar bem ao final da FT. A diferença de três para um nas fichas foi fundamental, culminando na vitória de Aloísio contra o adversário norte-americano.

Segunda maior premiação da carreira

Com a conquista do bracelete, Aloísio levou para casa US$ 138.114, a segunda maior premiação de sua carreira, segundo o portal Hendon Mob. Em 2024, o jogador terminou o Main Event World Championship da WSOP na 53ª colocação, levando US$ 200 mil como prêmio.

Mesmo com tais feitos em sua carreira – mais de US$ 500 mil em ganhos live – Aloísio não tem no poker sua principal fonte de renda e não se considera profissional. 

Em entrevista para o portal de notícias da BSOP, o jogador confirmou ama sua profissão e não pretende substituí-la (por enquanto):

“Minha vida segue divida entre o meu trabalho e o poker. Não pretendo focar mais, gosto da minha profissão, gosto do que faço e sou muito grato por isso. Gosto muito de trabalhar no banco, trabalhar com TI, me sinto realizado”, contou.

O recreativo também revelou que o clima em Las Vegas não ajudou, tendo jogado a FT doente:“Eu joguei a mesa final doente. Desde o Dia 2 a saúde não estava legal. O clima em Las Vegas não ajuda, muito seco. Pra piorar, erraram a configuração do ar condicionado, para as pessoas terem uma ideia, tinham jogadores com cobertores na mesa, estava muito frio. Só agora estou me recuperando”, finalizou.

Torcida brasileira nas arquibancadas

Um detalhe interessante sobre a vitória de Aloísio estava nas arquibancadas: vários jogadores brasileiros que estão em Las Vegas para jogar na WSOP reservaram um pouco de seu tempo para acompanhar o conterrâneo em busca de seu bracelete. Entre eles, Anthony Barranqueiros, que já havia concedido uma entrevista para a PokerListings, onde falou sobre a “energia” de apoio dos brasileiros na série.

Essa festa já havia sido vista anteriormente, no Evento #17, onde Rafael Mota chegou perto de conquistar mais um bracelete para o Brasil, terminando o torneio na 7ª colocação.