As pessoas mais curiosas que jogaram o Main Event da WSOP


- Verificado por: PokerListings
- Última atualização em: julho 18, 2025 · 7 min minutos de leitura
O Main Event da WSOP (World Series of Poker) é mais do que um torneio: é um espetáculo. Todos os anos, milhares de jogadores se encontram em Las Vegas com um único objetivo — conquistar o título mais cobiçado do poker. Mas o que torna esse evento realmente especial vai além das premiações milionárias ou das jogadas técnicas.
Ao longo das décadas, o Main Event foi palco de personagens que fugiram completamente do padrão. Entre falastrões, fantasias, acessos de raiva, celebridades e até histórias trágicas, o torneio coleciona figuras que chamaram atenção tanto pelas cartas quanto pelo comportamento.
Neste artigo, nós do time da PokerListings reunimos alguns dos nomes mais excêntricos que já sentaram nas mesas do Main Event. Gente que fez história, às vezes pela genialidade, às vezes pela ousadia, mas sempre pela autenticidade.
Darvin Moon
Poucos personagens capturaram tão bem o espírito de “qualquer um pode vencer” como Darvin Moon. Natural da pequena cidade de Oakland, em Maryland (EUA), Moon era um madeireiro sem grandes pretensões no poker profissional. Ele conquistou sua vaga no Main Event de 2009 através de um torneio satélite de baixo custo, surpreendo o mundo todo com seu desempenho.
Com um boné surrado e uma postura simples à mesa, ele contrastava fortemente com os jogadores mais midiáticos da mesa final. Autodepreciativo, avesso a holofotes e sem qualquer patrocinador, Moon virou um símbolo do jogador amador que enfrenta gigantes apenas com coragem e instinto.
Moon chegou ao heads-up final contra Joe Cada – o mais jovem campeão da história da WSOP – e ficou com o vice-campeonato. Ainda assim, levou para casa mais de US$ 5 milhões e entrou para o imaginário do poker como um verdadeiro underdog.
Moon recusou várias ofertas de patrocínio depois da WSOP e voltou para sua vida simples. Sua participação virou referência para milhares de jogadores recreativos que sonham com um grande momento no palco principal do poker mundial.
Shawn “Sheiky” Sheikhan
No mundo do poker, onde o autocontrole é uma virtude, Shawn Sheikhan ficou conhecido por seguir o caminho oposto. Dono de um temperamento explosivo e uma personalidade provocadora, “Sheiky” protagonizou um dos momentos mais tensos do Main Event da WSOP 2005.
Durante o torneio, Sheikhan bateu com força na mesa ao ver o flop de uma mão da qual nem fazia parte. O barulho e a reação exagerada irritaram profundamente Mike Matusow, que estava na mão. O que se seguiu foi uma troca acalorada de palavras entre os dois, culminando em penalidades aplicadas a ambos: uma cena que ficou eternizada nos vídeos da WSOP daquele ano.
Apesar das polêmicas, Sheikhan teve uma boa performance e terminou na 11ª colocação, faturando cerca de US$ 600 mil. Curiosamente, foi o próprio Matusow quem o eliminou, selando o desfecho de uma das rivalidades mais marcantes daquele Main Event.
Com seu jeito provocador e comportamento imprevisível, Sheiky se consolidou como um daqueles personagens que dividem opiniões, mas que ninguém esquece.
Phil Laak
Phil Laak sempre teve um estilo peculiar, mas no Main Event da WSOP 2008 ele elevou isso a outro nível. Conhecido como “Unabomber” por seu visual característico (moletom com capuz e óculos escuros) o jogador resolveu surpreender naquele ano com uma entrada digna de filme de espionagem.
Apareceu completamente disfarçado: usava máscara de látex, maquiagem, peruca e figurino, deixando todos sem saber quem estava por trás da fantasia. A brincadeira gerou grande repercussão, mas também acendeu um alerta entre os organizadores. No ano seguinte, a WSOP atualizou seu regulamento, proibindo oficialmente o uso de máscaras ou disfarces que ocultem a identidade dos jogadores durante o torneio.
Apesar da mudança na regra, Phil Laak consolidou sua fama de excêntrico com a performance, reforçando seu papel como um dos personagens mais originais e performáticos do circuito.
Ele pode não ter vencido o Main Event, mas deixou sua marca como o homem que levou a criatividade às últimas consequências: ao ponto de mudar as regras do jogo.
Stu Ungar
Stu Ungar é, para muitos, o maior talento natural que o poker já viu. Dono de um raciocínio rápido e de uma leitura de jogo quase sobrenatural, Ungar venceu o Main Event da WSOP três vezes, em 1980, 1981 e, de forma surpreendente, em 1997, após um longo período longe dos holofotes.
Mas o que torna sua história ainda mais marcante não são apenas os títulos, e sim o contraste entre seu brilhantismo nas mesas e o caos em sua vida pessoal. Em 1997, 16 anos depois de seu segundo bracelete, ele retornou ao Main Event visivelmente abatido, lutando contra o vício em drogas e enfrentando dificuldades financeiras. Ainda assim, superou um dos fields mais difíceis da época e conquistou o título com autoridade.
Na entrevista pós-vitória, Ungar resumiu sua trajetória com sinceridade brutal: “Fiz muitas besteiras, mas ninguém nunca me venceu nas cartas. O único que me derrotou fui eu mesmo, com meus hábitos ruins”, declarou. Menos de um ano depois, ele seria encontrado morto em um quarto de hotel, com apenas US$ 800 no bolso e nenhum bem material.
Sua história virou filme (“High Roller: The Stu Ungar Story”) e permanece como um lembrete doloroso de que, às vezes, o maior adversário de um gênio é ele mesmo.
Brad Garrett e Ray Romano
O Main Event da WSOP também é conhecido por atrair celebridades que adoram poker — e em 2011, dois dos maiores comediantes da televisão americana decidiram dar as caras no Dia 1C do torneio. Brad Garrett, famoso por “Everybody Loves Raymond”, e Ray Romano, estrela da mesma série e de “Men of a Certain Age”, foram protagonistas de um dos dias mais leves e bem-humorados do evento.
Durante suas participações, os dois divertiram jogadores, dealers e até os espectadores com piadas, provocações amigáveis e comentários espirituosos a cada jogada. Mesmo sem resultados expressivos nas mesas, a presença da dupla ajudou a criar um clima descontraído em meio à tensão que normalmente domina o salão.
O episódio virou um exemplo de como o Main Event da WSOP não é só sobre cartas e grandes prêmios: também é sobre entretenimento, personalidade e momentos únicos. Garrett e Romano mostraram que, às vezes, vale mais sair com boas histórias do que com fichas.
William Kassouf

Se existe uma figura que dividiu opiniões na história recente do Main Event da WSOP, seu nome é William Kassouf. O britânico ficou conhecido no mundo do poker por seu estilo provocador à mesa, abusando do chamado “speech play” – técnica em que se fala (muito) durante as mãos para desestabilizar os oponentes.
Em 2016, Kassouf chamou atenção ao incomodar vários jogadores com sua fala incessante, chegando a ser advertido mais de uma vez pela organização. Ainda assim, ele teve uma boa performance naquele ano e terminou na 17ª colocação. Mas a história voltou a se repetir em 2025 – e dessa vez, com um final ainda mais polêmico.
Durante o Dia 7 do Main Event, seu comportamento foi considerado excessivo e agressivo pela equipe organizadora. Jack Effel, vice-presidente da WSOP, decidiu banir Kassouf de qualquer outro evento da série no ano, alegando má conduta e desrespeito às regras de etiqueta da mesa.
A decisão gerou debate entre fãs e jogadores, mas consolidou Kassouf como um dos personagens mais controversos – e, sem dúvida, memoráveis – da história recente do torneio.
Phil Hellmuth fantasiado de P. T. Barnum
Phil Hellmuth dispensa apresentações. Detentor do recorde absoluto de braceletes da WSOP (são 17 conquistas no total), o “Poker Brat” também é conhecido por transformar suas aparições no Main Event em verdadeiros espetáculos. E em 2023, ele se superou.
Naquele ano, Hellmuth fez sua entrada no Main Event vestido como P. T. Barnum, o lendário empresário e showman americano que fundou um dos circos mais famosos da história. Com uma cartola reluzente e figurino completo, ele foi escoltado por 17 modelos, simbolizando cada um de seus braceletes, e ainda trouxe consigo Dan “Jungleman” Cates fantasiado de leão.
A entrada teatral virou atração à parte e reforçou a persona de Hellmuth como um dos maiores personagens da WSOP. Para muitos, ele é um gênio do marketing pessoal; para outros, uma figura caricata. Mas uma coisa é certa: ninguém consegue ignorá-lo.
Mais do que vencer, Phil parece se divertir com o circo em volta do poker – e fazer parte dele. E talvez por isso ele continue sendo uma das figuras mais cativantes (e exageradas) do Main Event.
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