Quanto ganha um jogador profissional de poker? Rafael Moraes fala sobre o caminho para profissionalização

Rafael Moraes, profissional do Team Pro PokerStars, é um dos mais vencedores e respeitados jogadores de poker brasileiros da atualidade e isso não é nenhum segredo, mas além do que Rafa Moraes faz nos feltros virtuais e presenciais, ele também é um dos melhores produtores de conteúdo sobre poker do cenário brasileiro.

No último dia 17, Moraes publicou mais uma longa e excelente thread em sua conta pessoal no Twitter intitulada “Quanto ganha um jogador profissional de poker”? Ao longo de 13 postagens, o grinder brasileiro explicou como enxerga o caminho do recreativo ao profissional, os desafios nesta jornada e os mitos mais comuns. Confira a seguir.

1.  Profissionalização não é sobre ganhar sempre

O primeiro ponto trazido pelo grinder brasileiro é que mesmo entre jogadores altamente lucrativos é absolutamente normal encarar longos períodos negativos. O que importa é o longo prazo e sua capacidade de ter uma expectativa de valor positiva.

Para jogadores que buscam uma transição inicial mais suave, muitos sites oferecem poker com bônus promocional, o que permite testar torneios de diferentes buy-ins sem arriscar tanto capital próprio. Esses bônus funcionam como um amortecedor importante nos inevitáveis períodos negativos, oferecendo margem para praticar volume sem comprometer o bankroll.

“Utilizando o meu caso como exemplo: quando eu ganhei um milhão em um torneio no The Venom, eu primeiro investi $2.600 dólares de entrada somente nele. Agora imagine comigo: se eu ficar dois meses só jogando torneios de valores como esse e não ganhar nada relevante?”, questiona o profissional.

Rafael especula ainda que em casos como esse, quando olhamos o longo prazo é provável que o profissional realmente “lucra” algo entre 10% e 25% de uma grande premiação, descontando tanto o valor da entrada e possíveis taxas do time, quanto os torneios perdidos que este prêmio acaba por pagar. “Em dois meses eu poderia estar perdendo de 100 a 200 mil tranquilamente, porém no final, somando todas as vitórias e derrotas, eu tenho uma expectativa de lucro positiva”, completou Rafael.

2.  A curva de aprendizado não é a mesma para todos

Outro ponto trazido por Rafael é sobre a curva de aprendizado que todo jogador passa na jornada entre o recreativo e o profissional. O brasileiro conta que para ele foi um processo de 6 – isto é, para se tornar profissional –, mas que aquela era uma época com menos profissionais e que hoje acredita que entre um ano e um ano e seis meses é uma expectativa muito mais realista.

No processo de evolução técnica, recursos digitais podem acelerar a curva de aprendizado, especialmente com o uso de aplicativo poker focado em treinamento, análise de mãos e simulações. Muitos desses apps oferecem estatísticas, revisões automáticas e ambientes de estudo que ajudam o iniciante a ganhar consistência mesmo com pouco tempo disponível.

Também, é absolutamente normal que jogadores mais jovens, com mais tempo livre, passem mais rapidamente por essa curva. 

3.  Os valores podem ser menos impressionantes do que algumas pessoas imaginam

Na sequẽncia da excelente thread Rafael fala sobre valores. O profissional explica que por sua experiência um bom jogador de micro stakes em começo de sua carreira profissional deve tirar entre US$ 800,00 e US$ 1.000,00 por mês neste momento de início de profissionalização.

Para quem busca estabilidade e deseja evitar riscos desnecessários ao começar sua jornada profissional, optar por um ambiente de poker confiável com licenças brasileiras é essencial. Plataformas regulamentadas garantem pagamentos corretos, proteção ao jogador e transparência, elementos fundamentais para quem pretende transformar a atividade em fonte real de renda.

Caso este jogador esteja afiliado a um time de poker, este valor será cortado a 40% do total, chegando a algo na faixa de US$ 400,00, ou seja, aproximadamente 2 mil reais por mês.

Ainda no mesmo tópico, Rafa diferencia este jogador dos profissionais famosos e estrelados que admiramos: “esses (os profissionais famosos) podem tirar de cinco a cinquenta mil dólares por mês, em média. Para chegar nesses valores, não é NADA fácil e costuma demorar alguns bons anos”.

Perguntas que interessam aos iniciantes

• Poker com bônus promocional realmente ajuda quem está começando?

Sim, porque reduz o risco inicial e permite testar diferentes buy-ins enquanto o jogador desenvolve volume e consistência técnica.

• Um aplicativo poker pode acelerar o aprendizado?

Sim. Aplicativos de estudo analisam mãos, simulam cenários e organizam treinos, o que otimiza o desenvolvimento mesmo com pouco tempo disponível.

• É importante jogar apenas em poker confiável com licenças brasileiras?

Sim. Plataformas licenciadas garantem segurança, pagamentos corretos e regras claras, essenciais para quem depende do jogo como renda.

• A melhor plataforma de poker online influencia o desempenho profissional?

Muito. Softwares estáveis, fields grandes e boas estruturas aumentam o retorno esperado para quem joga longas sessões diariamente.

4.  Horas de dedicação e estudo

Por fim, Rafael levanta uma importantíssima diferenciação. Tudo isto diz respeito aos jogadores que se dedicam integralmente ao poker e buscam levar o jogo como fonte principal de renda.

Ou seja, alcançar o profissionalismo em um espaço de tempo entre um ano e um ano e meio passa por se dedicar de 10 a 12 horas por dia entre estudos, treinos e jogos para valer. Muito diferente da rotina do apaixonado pelo poker que joga de maneira recreativa nas noites após o trabalho.

A escolha da melhor plataforma de poker online impacta diretamente no desempenho do jogador que se dedica 10 a 12 horas diárias entre estudo e grind. Softwares estáveis, grandes fields, estrutura de torneios e acesso a ferramentas de análise podem maximizar o retorno no longo prazo, especialmente para quem busca subir rapidamente de limite.

“Estou falando do profissional. Não é o cara que chega do trabalho às 18h e joga das 19h às 22h. O jogador profissional tem como emprego o poker, então ele investe de 10h a 12h de trabalho por dia, ou seja, ele estuda, treina e joga bastante – em alto nível competitivo”.

Em outras palavras, acelerar sua curva de aprendizado no poker é algo que exige muita dedicação, tempo e que vai muito além de jogar, “para você evoluir mais rápido no poker, ou seja, subir de limite, você precisa respirar poker e consumir todos os conteúdos disponíveis na internet”, completa.

Se você vê a profissionalização como um objetivo pessoal a médio ou longo prazo, esperamos que essas informações diretamente de quem chegou lá, tenha ajudado-o. E se você pretende continuar como um amante recreativo do maior jogo de cartas do mundo, que tenha valido pela curiosidade.

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